Marcelo Salum reinterpretou o conceito de nômade para a Sala Kidron. O espaço de 60 metros quadrados é projetado para um médico terapeuta, que recebe amigos e pacientes para conversas.

O conceito vem da própria palavra nômade, que significa não ter moradia fixa e se desloca constantemente. O arquiteto faz analogia com a própria natureza humana, que está sempre em movimento.

O ambiente foi criado com elementos que remetem ao luxo, uma massa de pedras ornamentais preciosas e semipreciosas no tom bege, cobre paredes e teto. No piso, a peddra de Limestone traz lembrança da areia e transitoriedade.

O espaço é definido por um estar com uma mesa de escritório. Nas quatro paredes foram estruturados painéis em proporção áurea na lâmina natural freijó que resguardam obras de arte dos artistas Juliano Aguiar, Walmor Corrêa, Yuri Seródio, Lilian Mansur, Maria Helena Ferraz e Renato Dib. Num deles foi desenhado uma estante inspirada no árabe Cúfico, para abrigar esculturas da artista Sara Ramos, livros e objetos de decoração. Toda essa composição é evidenciada por uma iluminação indireta", complementa Salum. 

Além disso, o arquiteto assina, em parceria com o designer Frederico Cruz, o sofá, poltronas, mesas e uma chaise longue, que se contrapõem com objetos de antiquários e peças assinadas por Aristeu Pires, Lattoog e Moooi. 

Para os tecidos, o predominante é o rosa queimado junto com azul marinho, inspirados nos crepúsculos do Oriente Médio. Para a decoração foram produzidas almofadas e pufes de Jogin, mantas antigas usadas em tendas Iranianas.

O significado de Kidron

Kidron, Cedro em árabe, é uma madeira que teve grande importância em várias civilizações - fenícios, egípcios, gregos, romanos. Alguns místicos dizem que a árvore simboliza força e resiliência, e também estampa a bandeira do Líbano, país de origem da família Salum.