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Arquitetura

Fachadas ao longo das décadas: o que mudou nos empreendimentos imobiliários

Onde: Curitiba • 10 de Março - 2020 | Fotos Divulgação

 Analisamos os empreendimentos dos 50 anos de história da Plaenge

Todo mundo adora ficar por dentro das tendências e novidades da moda, não é mesmo? Nos anos 80, por exemplo, as roupas em cores neon estavam no auge, enquanto nos anos 90 jaquetas jeans faziam parte da maioria dos armários. O que parece onipresente em uma década rapidamente dá lugar a uma estética diferente, muitas vezes totalmente oposta ao que faz sucesso nos anos anteriores. No setor imobiliário não é diferente: nos últimos 50 anos o conceito de "tendência" mudou muito na arquitetura, principalmente quando analisamos as fachadas dos edifícios.

A mestre em Engenharia Urbana e coordenadora do curso de Design de Interiores da EAD Unicesumar Larissa Siqueira Camargo, analisou cinco grandes empreendimentos da Plaenge, empresa que comemora seu meio século de história em 2020, para mostrar essa evolução estética.

 

1970 - A era da funcionalidade

 


Com a inauguração de Brasília, em 1960, a arquitetura nacional foi praticamente reinventada. Neste período os arquitetos brasileiros passam a incorporar características do Brutalismo em suas obras: o estilo, derivado do Minimalismo Moderno, surgiu após a Segunda Guerra Mundial e representou uma ruptura com os estilos tradicionais anteriores que valorizavam a estética em detrimento da funcionalidade. A necessidade e a funcionalidade das obras passam a ser mais importantes do que conceitos artísticos e excessos decorativos.

Os prédios deste período geralmente possuem grande porte e fachadas imponentes, formadas por ângulos, módulos e formas geométricas. A tendência pode ser observada na fachada do Edifício Olga, o primeiro edifício comercial da Plaenge, em Londrina (PR). Percebemos, ainda, elementos estruturais inseridos como composição - caso dos pilares e lajes suspensas do andar térreo.



1980 - O vidro como protagonista

 


O estilo contemporâneo, iniciado na década de 1980, sem dúvidas intensificou o uso do vidro como elemento arquitetônico. O material, que antes tinha seu uso limitado às janelas, passou a ser utilizado para outros fins, como no guarda corpo do Edifício Jabur – à época, o prédio mais alto de Londrina, com 23 andares. Além disso, as próprias janelas ganharam maior destaque nas fachadas e deixaram de ser sempre retangulares para assumir outros ângulos (como em bay windows, por exemplo).

A janela bay window, também chamada de janela saliente ou janela sacada, fica para além da estrutura da casa ou apartamento, trazendo um espaço extra bem iluminado para a parte interna.




1990 - As pastilhas tomam conta das fachadas

 

 
Sem dúvidas, o grande destaque nas fachadas desta década está nos revestimentos em pastilha. As placas formadas por pequenos “quadradinhos” podem ser observadas em muitas das construções do período - especialmente em tons de azul e bege - como no Edifício Philadelpho Garcia (o primeiro edifício de alto padrão da Plaenge em Londrina).

As sacadas passaram a ser mais valorizadas e ganharam proporções maiores nos apartamentos de alto padrão. Além disso, as janelas venezianas, com abertura na horizontal, marcaram presença nas construções residenciais. O ar condicionado também se popularizou, trazendo a preocupação com a inserção de elementos de fachada aptos a disfarçá-los.



2000 - Novas formas, cores e sistemas mais modernos

 

Novas formas são incorporadas às fachadas, em especial as curvas em composição com os ângulos retos - ainda muito utilizados. As pastilhas continuaram a fazer sucesso como revestimentos de fachadas, porém em tons mais claros que harmonizam com as esquadrias em branco (como se vê no Edifício Le Corbusier, o primeiro empreendimento da Plaenge em Curitiba-PR).

As venezianas de fechamento vertical retornaram, porém com sistemas e engrenagens mais modernas e automatizadas. As sacadas ganharam ainda mais importância e status de "cômodo" nos apartamentos - as varandas "gourmet" começaram a ganhar força.



2020 - O casamento entre arte e design funcional

 


O vidro assumiu o status de revestimento, passando a cobrir toda a fachada dos edifícios - em especial o vidro com acabamento fumê - como se vêno próximo lançamento da Plaenge em Curitiba: o Experience.

Além disso, elementos suspensos e formas desconstruídas criam contrastes e quebram a monotonia das linhas retas. A mistura de materiais, como vidro, pedras e madeira, compõme de forma harmoniosa o todo - em especial quando se opta por materiais nobres de aspecto suntuoso. As plantas e "paredes verdes" , seja em fachadas ou coberturas, passam a fazer parte da própria estrutura arquitetônica e fachada.

E você, qual tendência admira mais? Fique ligado em nosso site e redes sociais pra ficar por dentro de todas as novidades que prometem chegar!

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