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A arte para pensar sobre o que não é visto

Ana Penso Onde: Curitiba • 12 de Novembro - 2020 |

Conheça o artista plástico Diego Bachmann

Antes mesmo de qualquer apresentação formal, o que vem antes é o sorriso. Este é o artista plástico multifacetado Diego Bachmann. De descendência alemã, filho mais novo de quatro irmãos e neto de uma senhora maravilhosa que o levou para passear tantas vezes no Museu Paranaense quando criança, que o gosto pela arte se desenvolveu com facilidade.

 

A vida sempre deixou bem claro para Diego qual seria seu caminho. Infância rica em referências promovidas pela sua família, cresceu com o prego e o martelo nas mãos. Se apaixonou por maquetaria no ensino médio e nesta mesma época teve como grande incentivadora a artista Ana González e suas xilogravuras. Já em idade adulta, durante uma viagem à Itália descobriu o valor do trabalho manual e o match foi instantâneo, entendeu qual seria seu papel no mundo.

 

Formado em Escultura pela Belas Artes, pós graduado em História da arte e Restauração Arquitetônica, também especialista em design de mobiliário - fica fácil ligar os pontos e perceber que Diego, além de ser um cara de sorriso largo é um multipotencial. (Já falamos sobre multipotencialidade em outro texto da coluna)

 

Hoje trabalha com restauros, artista plástico e também é especialista em manuseio de obras artísticas e montagem de exposições, sendo a mais recente de Tony Cragg no Museu Oscar Niemeyer.

 

“Eu faço o que gosto, não quero me aposentar. Tem gente que acha que a felicidade chega com a aposentadoria. Eu já sou feliz.”


Em seu trabalho considera a oportunidade de conhecer pessoas interessantes sua grande riqueza, adora a diversidade de opiniões e referências. Afinal, para construirmos nosso repertório é necessário beber de fontes prolíferas, de pessoas que nos inspiram e isso segundo Diego o faz muito feliz.

 

Como restaurador exibe uma lista grande de obras públicas e peças de acervo pessoas entregues. Entre elas estão: restauração da Igreja do Bom Jesus, Museu do Expedicionário e os vitrais da Igreja do Guadalupe. Acredita que seu ofício com o restauro é um legado para o futuro; concordo com Diego.

 

Dentre suas obras pessoais se destaca uma especial: Dingo. Nela, executa esculturas com cobertores corta febre, inspiradas nos mendigos de Curitiba e as expõe no hall do teatro Guaíra. Uma dicotomia muito interessante pois as esculturas ficaram para o lado de dentro do teatro enquanto os mendigos de verdade dormem para o lado de fora. Uma exposição feita para instigar e questionar a invisibilidade das pessoas que vivem nas ruas.

 

Outro trabalho forte, com objetivo sócio-político é a sua performance como Jesus, que pode ser vista no YouTube, no canal do artista. Trabalhos com xilogravura, de dois a três metros de altura, retratam a memória de portas de casas antigas ou abandonadas. O artista faz uma cópia, em escala real, das portas pois acredita que a madeira guarda recordações vibracionais de todos que viveram ali - traduz a essência da casa. “Fazer pensar com a arte e a levar à todos.”

 

Muito em breve lançará seu mais novo trabalho, usando tijolos ainda maleáveis em uma olaria. Com certeza vai ser mais uma entrega valiosa e cheia de afeto. Também segue com sua paixão por restaurações e não somente de obras públicas. Peças particulares também passam pelas suas mãos mágicas, como: mobiliário em madeira, itens de coleção, vasos, esculturas e toda peça que precise ser revitalizada.

 

Fica minha dica, para conhecer o trabalho desse grande artista, de sorriso fácil e humor doce. Afinal, nesta vida é uma grande alegria ter um nosso convívio pessoas que nos ensinam e fazem com que sejamos cada vez melhores, não é mesmo?

 

@diego_bachmann


https://diegobachmann.wixsite.com/atelierbachmann

 

 

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