Compactas, móveis e surpreendentemente completas: as tiny houses representam uma tendência crescente na arquitetura contemporânea. O conceito surgiu nos Estados Unidos nos anos 2000, impulsionado por movimentos ligados ao minimalismo, à sustentabilidade e à mobilidade. Para ser considerada uma tiny house, a moradia deve ter, em média, até 37m², com um layout funcional e voltado ao essencial — sem renunciar ao conforto ou à estética.

No Brasil, esse estilo de moradia começa a ganhar espaço como alternativa viável para quem busca uma vida mais simples, com menos impacto ambiental e mais liberdade. Um bom exemplo é a Tiny House Modular assinada pelo escritório Gabriela Casagrande para a construtora Nomaden, na Casacor Paraná 2025. Com apenas 18m², o projeto traduz um estilo de vida contemporâneo e conectado ao essencial, unindo sofisticação tecnológica, praticidade e design autoral em uma proposta compacta e replicável.

O ambiente é integrado: sala, quarto e cozinha ocupam o mesmo espaço, com banheiro fechado. A planta valoriza a amplitude visual com aberturas generosas que garantem luz natural e ventilação cruzada. A automação permite controlar iluminação, som e climatização com soluções intuitivas. O mobiliário foi desenhado pelo próprio escritório, reforçando a identidade do projeto e sua funcionalidade.

A construção modular, feita com materiais como bambu e madeira certificada, reduz o impacto ambiental e permite que o modelo seja reproduzido em diferentes contextos, com adaptação ao terreno e à necessidade de cada morador. A proposta também inclui paisagismo integrado, valorizando a relação entre interior e natureza.

As tiny houses vêm sendo adotadas como residência principal, espaço de hospedagem ou refúgio de fim de semana. O que todas têm em comum é a busca por uma arquitetura mais racional, eficiente e afetiva. Neste caso, a proposta de Gabriela Casagrande mostra que é possível viver com qualidade mesmo em poucos metros, repensando o que realmente importa no dia a dia.