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Luz e Saúde

Onde: Curitiba • 10 de Fevereiro - 2023 | Fotos Créditos nas Fotos

As sensações provocadas pela luz refletem-se diretamente na qualidade de vida do ser humano. A boa notícia é a de que agora há profissionais especializados em fazer a luz ser a grande aliada para gerar saúde mental e física, como mostra a lighting designer Adriana Sypniewski nesta entrevista

 

As sensações provocadas pela luz refletem-se diretamente na qualidade de vida do ser humano. A boa notícia é a de que agora há profissionais especializados em fazer a luz ser a grande aliada para gerar saúde mental e física.

 

Foto: Marcelo Stammer


Fala-se muito hoje sobre a importância correta da iluminação para a saúde e o bem-estar do ser humano. Qual a sua opinião a respeito?

Minha opinião vem da prática de 30 anos atuando com iluminação. Saúde, bem-estar, qualidade de vida estão diretamente ligadas à intensidade e uso adequado da luz. Pesquisas já comprovaram que uma iluminação insuficiente pode gerar até depressão além de desequilibrar nosso corpo quimicamente e influenciar nossa concentração, energia, sono e apetite.

 

As pessoas estão conscientes disso?

É um processo gradual que se acentuou durante a pandemia. As pessoas permaneceram por mais tempo em ambientes fechados, em confinamento, sujeitas à ansiedade gerada pelo medo da doença e a um novo modelo de vida. Ficando em casa, perceberam que era preciso tornar o lugar adaptado para trabalhar, estudar e relaxar. Vieram estão as reformas ou mudança de residência e, junto a isto, a percepção de que a iluminação é poderosa e transforma todos os lugares, resultando em mais bem-estar.

 

Como um leigo pode perceber que a iluminação de um ambiente não está correta ou lhe causa desconforto?

Um leigo muitas vezes se sente incomodado com algo que está relacionado à luz mas não percebe o porquê. Pode ser ofuscamento, iluminação insuficiente ou excessiva...Este incômodo pode se expressar como irritabilidade, agitação, inquietude, dificuldade de concentração, desconforto visual. Imagine uma pizzaria com luz fria e azulada, por exemplo, e ao lado uma outra pizzaria com luz amarelada. Instintivamente você entraria na que tem a luz mais próxima da luz solar e certamente, ali, a pizza parecerá mais saborosa. Esta sensação está diretamente ligada ao uso correto da iluminação.

 

É necessário um especialista, ou seja, um lighting designer para desenvolver um projeto luminotécnico eficiente ou isso já faz parte da formação acadêmica nos cursos de arquitetura e design?

Os cursos de graduação abrangem o tema de uma forma geral. Já existem cursos complementares na área, mas nada como você conhecer, não só a teoria, mas os fabricantes e os produtos.  Aliar técnica, teoria e bom gosto é fundamental. E isso é trabalho e a especialidade do lighting designer.

 



Foto: Rodrigo Ramirez
 

Em que momento da obra deve-se contratar um especialista em iluminação?

O ideal é logo no início, na fase de estudo do projeto. É neste momento que vai entrar o planejamento da iluminação técnica que é a luz funcional e adequada para cada ambiente, como por exemplo, para cozinha, sala, jardim, quartos.  Fazer um briefing com o cliente é fundamental para entender e adaptar os espaços ao uso correto da luz e aos hábitos dessa pessoa. Depois entra a iluminação decorativa, que cria cenários fantásticos e bem planejados.

 

Onde o lighting designer pode atuar?

O lighting designer deve trabalhar em conjunto com arquitetos e designers, por exemplo entender o conceito do projeto, a personalidade do cliente. E saber aplicar o conhecimento técnico, integrando e causando sensações e emoções com o uso da luz. Isso vai muito além do que escolher uma luminária da moda.

 

De que forma a sua especialização como lighting designer auxilia os clientes de sua loja?

Sem dúvida, a especialização nos diferencia em relação à concorrência. Temos uma entrega dinâmica, de conhecimento dos novos processos e técnicas de iluminação. Amamos poder entregar soluções lumínicas eficientes e encantadoras para nossos clientes, sejam eles arquitetos, designers ou o consumidor final.

 

*A entrevista acima foi publicada originalmente na edição 112 da Revista Casa Sul, disponível em nossa loja virtual. 

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