Os estúdios de pequena metragem, geralmente abaixo de 45 m², tornaram-se comuns em regiões com alto adensamento urbano, como grandes capitais brasileiras e cidades turísticas com forte demanda de locação temporária. São imóveis que atendem perfis variados: desde estudantes e profissionais solteiros até investidores que buscam rentabilidade em curtos períodos, aproveitando o movimento constante de quem transita entre morar e trabalhar em centros dinâmicos.

O modelo também ganha força pelo custo mais acessível e pela manutenção simplificada. Por isso, estúdios são frequentemente projetados já com o objetivo de entrar no mercado de locação logo após a entrega das obras. Neste contexto, a otimização de espaço não é apenas uma solução estética, mas um requisito funcional para tornar o imóvel competitivo.

Um exemplo claro é este estúdio de apenas 37 m², que surpreende ao adotar um pé-direito duplo — um recurso pouco explorado em apartamentos compactos. O aumento da altura foi o ponto central do projeto, permitindo acomodar um mezanino que amplia a área útil sem comprometer a circulação na parte inferior.

A marcenaria foi pensada para atender tanto o morador fixo quanto o público de locação. Armários embutidos aproveitam o volume da escada que leva ao mezanino, com nichos e gavetas que eliminam a necessidade de móveis extras. O espaço foi desenvolvido para receber diferentes configurações, adaptando-se ao uso de quem ocupar o imóvel. Prateleiras elevadas reforçam o aproveitamento vertical, deixando livres as áreas de passagem e evitando sobrecarregar o ambiente.

O projeto, assinado pelo escritório RMV Interiores, de São Paulo, demonstra como é possível equilibrar metragem reduzida e conforto, agregando valor para investidores que buscam locar o imóvel e para futuros moradores que priorizam localização sem renunciar a soluções práticas.