Três iniciativas brasileiras mostram que sustentabilidade vai além do discurso e se materializa em ações concretas que reduzem impactos, recuperam recursos e envolvem comunidades.

 

Comemorado neste 5 de junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente reforça a urgência de repensar modelos de produção e consumo, especialmente em setores historicamente marcados pelo alto impacto ambiental, como a construção civil e a indústria têxtil. Se antes o debate era teórico, hoje ele se torna prático com ações claras de empresas que estão incorporando processos mais limpos e responsáveis em suas rotinas — e mostrando que é possível transformar sem destruir.

 

A seguir, destacamos três iniciativas de diferentes segmentos que demonstram como a inovação pode caminhar ao lado da sustentabilidade.

 

1. Resíduos que viram renda: redes de pesca transformadas em moda e impacto social

A Marulho, marca brasileira de design sustentável, em Matariz, na Ilha Grande – RJ, já retirou mais de 8 toneladas de redes de pesca dos oceanos, convertendo esse resíduo altamente poluente em bolsas, sandálias e acessórios. Além de ajudar a proteger a fauna marinha, a iniciativa movimenta a economia local com mais de R$ 500 mil em renda direta para as comunidades envolvidas na coleta e reaproveitamento dos materiais.
Segundo dados da Ocean Conservancy e da USP, as redes abandonadas — conhecidas como “pesca fantasma” — matam cerca de 69 mil animais marinhos por dia no Brasil. O trabalho da Marulho transforma esse impacto em solução, reforçando o papel do design como agente de regeneração ambiental e social.

 

 

 

 

2. Cabana de aço: menos resíduo e mais eficiência na construção civil

A Cabana Pau Brasil, localizada em Monte Verde (MG), é exemplo de como a arquitetura pode ser aliada da natureza. Estruturada em steel framing (aço galvanizado) e com revestimentos de baixo impacto ambiental, a obra reduz significativamente os resíduos gerados durante a construção e garante conforto térmico e acústico.

 

O projeto da Espaço Smart mostra como a construção a seco e modular pode ser tão sofisticada quanto eficiente. Estética e performance caminham juntas, com soluções que dispensam o desperdício típico das obras convencionais.

 

 

 

3. Uniformes que se transformam: da fábrica para novas funções sociais

No setor cerâmico, o Grupo Lamosa no Brasil firmou parceria com a Uniformes do Bem para reciclar cerca de 12 toneladas de vestimentas e EPIs por ano, que antes eram incinerados. O novo processo dá origem a cobertores, comedouros para pets, bancos e tatames, além de envolver pessoas em situação de vulnerabilidade social.

 

A ação integra a política de logística reversa da empresa, que também reaproveita 92,5% de seus resíduos industriais e investe em energias mais limpas, como a biomassa. É a sustentabilidade sendo levada a sério em todos os níveis de produção.

 

 

 

 

Anote e faça a diferença você também.

 

Marulho — Design com redes de pesca

Mais de 8 toneladas retiradas do mar
50 mil peças produzidas
R$ 500 mil em renda direta
www.fazermarulho.com.br

 

Espaço Smart — Construção a seco com menos resíduos

Light Steel Frame = agilidade e redução de sobras
Revestimentos leves e térmicos
www.espacosmart.com.br

 

Grupo LAMOSA no Brasil — Reciclagem de uniformes e EPIs

12 toneladas/ano reaproveitadas
Impacto ambiental + social com geração de cobertores e utensílios
www.rocaceramica.com.br