Em dias frios, a lareira volta a ser protagonista. Mais do que uma fonte de calor, ela transforma o ambiente, adicionando uma camada sensorial de permanência e conforto. Entre os modelos atuais, a lareira a gás ganha cada vez mais espaço nos projetos residenciais.

Por ser a gás, esse modelo de lareira entrega um conforto a mais: a automação. Mesmo a distancia, fora de casa, é possível programá-la para ser ligada antes de se chegar em casa com apenas um clique. 

Para a arquiteta Roberta Lanza, que optou por esta tecnologia em seu ambiente na CASACOR Paraná 2025, esse é um fator que une comodidade e segurança. “A lareira a gás é uma ótima opção para quem busca automatizar toda a casa, além de toda experiência que ela proporciona, vale lembrar, que também é uma opção mais segura, onde o morador não tem um contato direto com os elementos inflamáveis” aponta a arquiteta.

Essa escolha técnica e estética está no centro da Sala da Lareira, ambiente assinado por Roberta Lanza na CASACOR Paraná 2025. Em sua estreia com estúdio próprio — o “Roberta Lanza Studio” —, a arquiteta propõe uma reflexão sobre o verdadeiro papel da casa. Aqui, o fogo ocupa um lugar simbólico: representa o início, a memória e o silêncio.

A lareira embutida em mármore natural se torna o eixo do projeto. Ao redor dela, a composição é estratégica: móveis baixos, volumes arredondados e materiais táteis criam uma atmosfera de permanência. Um tapete de trama larga delimita o espaço, enquanto uma caixa de madeira envolve teto, piso e parede, formando um abrigo visual que convida à pausa.

Na lateral, uma estante de marcenaria clara embute a iluminação e revela o fundo em pedra natural — fissurada, imperfeita. A arquiteta destaca que esse contraste é intencional: a estrutura geométrica representa sustentação, enquanto o fundo orgânico fala da vida real, marcada por imperfeições. A luz banha a parede de forma indireta, revelando o volume com delicadeza.

O ambiente evita distrações. É pensado para a convivência, o olhar atento e a reconexão com o tempo interior. “Projetamos a Sala da Lareira como um convite à pausa. Não uma pausa vazia, mas plena, para sentar-se, ouvir, lembrar e simplesmente ser”, define Roberta.