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Arquitetura

Arquitetura Humanizada

Onde: Curitiba • 30 de Abril - 2018 | Fotos Gerson Lima

O projeto de adaptação de Luciana Olesko e Maria Fernanda Lorusso para um hospice, espaço destinado a proporcionar conforto físico e psicológico a pacientes em estado terminal, mostra como a arquitetura pode ser eficiente também na área da saúde.

Mesmo os leitos sendo hospitalares, se assemelham muito a uma cama domiciliar.

Um projeto dedicado ao bem-estar de seus pacientes tem o desafio de unir o máximo conforto destes, visto que é um hospice destinado à pessoas que estão se recuperando, mas ainda sim atender às exigências e requisitos de segurança hospitalar solicitados pela Anvisa. O enigma a ser desvendado é a convergência harmoniosa entre estes dois códigos de modo a produzir uma arquitetura eficiente, prática e humanizada.

 

Hospice é uma filosofia que agrega um conjunto de cuidados no tratamento paliativo dos sintomas de um paciente em estado terminal. Além do conforto físico, o ambiente deve proporcionar conforto psicológico. O edifício e suas instalações são fatores preponderantes nesta filosofia.

 

Pensando nisso, as arquitetas Luciana Olesko e Maria Fernanda Lorusso propuseram uma adaptação em imóvel existente, de 870 m2, de modo a abrigar um hospice. O resultado é a surpreendente sensação de estar em casa com poucas evidências de se tratar realmente de uma clínica.

 

Contando com 15 suítes, cada ambiente carrega a impressão da tranquilidade e do calor. Tons neutros em harmonia com o branco compõem a paleta de cor, quase sempre dispostos na horizontal para dar amplitude aos ambientes. Os revestimentos precisam respeitar o preconizado nas normas da vigilância e prevenção ao incêndio. Por isso devem ser resistentes, de baixa porosidade e baixo índice inflamável. Neste caso, a Revesttir foi essencial na seleção e ajuda na especificação de boa parte dos revestimentos neste projeto. Nas áreas molhadas, foram aplicados o White Plain Matte retificado e o piso Loft, ambos da Portinari.

Para a sensação de acolhimento, as suítes contam com mobiliário sob medida, em madeira natural ou laca, e tecidos confortáveis ao toque, como o suede e o linho.

No quarto de hóspedes, a roupa de cama mescla tecidos como sarja e linho na colcha, almofadas e xale para frisar ainda mais o ambiente confortável. 

O projeto ainda oferece espaços de uso compartilhado, estimulando o encontro entre pacientes, médicos e familiares. Solário, salas de jantar e estar, e até um orquidário (original da casa) sugerem um espaço familiar, e não uma clínica. Até mesmo a intervenção da casa original foi minimizada, de modo a preservar aspectos próprios da construção. Assim, tijolo maciço aparente, telhados, volumetria e estrutura de concreto foram preservados, todos alinhavados pela inspiração de arquitetura inglesa da casa original.

As arquitetas optaram pela menor intervenção possível na casa, que contribuiu muito para o caráter acolhedor do hospice.

Galeria O painel em madeira dá maior profundidade à suíte, e serve de apoio para equipamentos. A ausência de box de vidro servem para oferecer segurança e conforto ao usuário. As arquitetas optaram pela menor intervenção possível na casa, que contribuiu muito para o caráter acolhedor do hospice.
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