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Shou Sugi Ban: conheça a técnica japonesa ancestral de carbonização da madeira

Onde: Curitiba • 27 de Junho - 2018 | Fotos Rodrigo Ramirez

Pouco conhecido no Brasil, o Shou Sugi Ban, técnica japonesa de carbonização da madeira, é tendência mundial e marca presença no espaço Sala de Jantar assinado por Janaína Macedo na CASACOR Paraná 2018 

A técnica japonesa Shou Sugi Ban foi muito utilizada no século 18 e consiste na carbonização da madeira, que protege e impermeabiliza. A beleza de seu efeito e as múltiplas possibilidades de tonalização deu à técnica usabilidade na decoração. Um dos cuidados que deve ser tomado é o travamento da madeira para que não empane na queima. Antes da aplicação, a madeira é preparada com escova de aço, óleo e aplicação do fogo com maçarico até atingir a tonalidade desejada. O acabamento é feito com Polisten.

 

 

Janaina Macedo, engenheira civil formada pela UFPR e Master em arquitetura e iluminação, utilizou a “Shou Sugi Ban” no ambiente Sala de Jantar da Casa Cor Paraná 2018, onde optou por deixar a madeira negra, último estágio antes da transformação em carvão. “Meu projeto inicialmente previa uma mesa, com borda orgânica, em madeira natural. Porém queria muito que essa mesa fosse preta. Fui buscar o processo de ebanização que é o tingimento da madeira, sem perder os veios, que fica muito bonito. Na pesquisa, acabei tropeçando nessa técnica de carbonização que daria o efeito que eu queria por meio do fogo. Me encantou, pois é um processo em que você pode escolher a tonalidade”, comenta a engenheira.

 

 

A técnica já é explorada internacionalmente, presente no salão Internacional de Milão, mas ainda pouco vista no Brasil.

 

SOBRE O ESPAÇO

Na Sala de Jantar, de Janaina Macedo, o próprio espaço original serviu de inspiração: “Fazia tempo que a Casa Cor não acontecia em uma casa de verdade e isso engrandeceu o meu projeto. Tive a oportunidade de conhecer o proprietário do imóvel, que me contou os detalhes da construção, e sua enorme paixão me envolveu. Procurei manter as características originais da edificação, como o piso de madeira e o forro espelhado, valorizando também os janelões em cerejeira com cristais bisotados”, comenta Janaina.

 

O maxi lustre é uma releitura do clássico candelabro, com 1,15 metros de diâmetro, em metal dourado da Grey House Iluminação.

 

Em uma das paredes (atrás da cristaleira) uma peça de granito Roma Imperiale, da @gramarcalmarmores. Para finalizar, tela do artista plástico Siron Franco e escultura em madeira natural resgatada do fundo de um rio, de Eleutherio Netto, pigmentada com Lápis-Lazúli. 

 

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