A arquiteta Alessandra Gandolfi buscou inspiração na biomimética — abordagem que busca soluções na inteligência da natureza para criar projetos mais eficientes e sustentáveis – ao desenvolver o ambiente Sala Entre Casulos by Grupo Paraná na CASACOR Paraná 2025. Um espaço de convívio que simula o funcionamento de um ecossistema: colaborativo, acolhedor e em constante transformação.

A proposta parte da observação dos casulos de insetos, estruturas naturais de proteção e equilíbrio térmico que revelam uma lógica de adaptação e permanência. Esses elementos serviram de metáfora para construir um ambiente em que as relações — entre pessoas, materiais e ideias — fluem de forma orgânica e integrada. “Esses abrigos me levaram a pensar em um espaço onde o futuro desejável para o planeta já se manifesta em forma de conexões e compartilhamento”, explica a arquiteta.

Distribuídos pelos 35m² do ambiente, os casulos aparecem em formas, tamanhos e orientações variadas. São esculpidos em madeira natural, que reveste o teto e parte das paredes. Uma dessas aberturas, mais ampla, funciona como adega e reforça a funcionalidade das soluções projetadas. Ao centro, a mesa assinada pela arquiteta assume papel simbólico e funcional: lugar de encontro e nutrição. Com desenho fluido e flexível, o móvel se divide em duas partes assimétricas que se adaptam a diferentes composições de cadeiras e bancos. O tampo é feito em mármore Branco Paraná Macchia Vecchia com acabamento escovado, destacando os veios escuros em tons de verde e marrom — um padrão exclusivo do PR Grupo Paraná.

Para reforçar a continuidade visual e sensorial, o piso do ambiente e o bar lateral são revestidos com o granito Café Imperial, desenvolvido especialmente para a mostra com acabamento apicoado e escovado. O bar, também desenhado por Alessandra, é executado em pedra natural com tecnologia exclusiva da marca, que reduz em até 70% a espessura da rocha. A técnica, chamada Pietra Fina, facilita o transporte, diminui o impacto estrutural e contribui para a redução da emissão de carbono. “Essa inovação está diretamente ligada à sustentabilidade do projeto, pois permite ampliar as possibilidades de aplicação com menor uso de matéria-prima”, explica Thiago de Moraes, do PR Grupo Paraná.

Com uma curadoria que valoriza texturas, formas e materiais em sua essência, a sala ainda conta com uma obra de arte apoiada diretamente no chão: feita a partir de uma pedra natural de aparência rústica, a peça evidencia a beleza única do que é extraído da terra sem interferência formal. Um espaço que, ao imitar a natureza, propõe novos caminhos para sonhar e habitar.